sábado, 29 de outubro de 2011

Fatos históricos espiritismo

SOCORRENDO A MISÉRIA


Assunto: SOCORRENDO A MISÉRIA

         Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus. Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.
Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos: Oh! meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas! Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! Há corações bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto; eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos. Repetia-lhes: Coragem! Coragem! Então, uma pobre mãe, ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.
Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes. Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo: Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas. Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa. Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa ação. Digo-vos apenas: Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.
Mas, se peço, também dou e dou muito. Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas ações que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível. Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira. Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou – aCaridade.
 
Cárita, martirizada em Roma
Lião, 1861
 
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo
           Allan Kardec
       FEB - Federação Espírita Brasileira


sábado, 22 de outubro de 2011

Parábola do Semeador.


Historia da Evangelização Espirita

LIVROS DOWNLOAD

http://www.espirito.org.br/portal/download/pdf/index.html

PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS

DEVEMOS CAMINHAR DO ABISMO PARA AS ESTRELAS

Parábola do Semeador.

Lei de Evolução


Lei de Evolução

Objetivo: Conceituar evolução. Identificar os tipos de evolução, citando exemplos. Conteúdos Mínimos: A evolução (material e espiritual) é o resultado do esforço, trabalho e perseverança das criaturas. As pessoas, progredindo individualmente, criam condições para o progresso social. Exemplos de pessoas que contribuíram para o bem da Humanidade: Pasteur;

O problema de um é problema de todos!



Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa!!

A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e:
- Há ratoeira na casa, ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca e:
- Há ratoeira na casa!
- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.


Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR

  
BOM DIA FLORES DO DIA

Me emocionei pela beleza do conteúdo.
Poderia ser lido numa reunião de Natal ou num simples aniversário.
Poderia ser citado numa simples conversa.
Tomei emprestado e estou encaminhando para todos vocês.
Espero emocioná-los.

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR
de O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

* * * * * * * * * *

CRÉDITOS:Corujando Dia e Noite

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Livros infantis

Oração da criança

Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.

Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.

Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones ás trevas.

Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.

Não desejo tão só a festa do teu carinho,
Suplico-te amor com que me eduques.

Não te rogo apenas brinquedos,
Peço-te bons exemplos e boas palavras.

Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.

Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.

Corrija-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...
Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

( Meimei ) 


terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Filme dos Espíritos

Repassando,vamos assistir e ajudar 

* O Filme dos Espíritos. Corrente de Emails

Neste final de semana, O Filme dos Espíritos estreou em 145 salas, em mais de 65 cidades brasileiras. O filme foi produzido pela Mundo Maior Filmes, que pertence as Casas André Luiz, entidade que desenvolve um belíssimo trabalho no Campo da Saúde Mental. Nas Casas André Luiz, aproximadamente 605 assistidos recebem atendimento especializado, na unidade de longa permanência, e aproximadamente 2.000 terapias por mês são realizadas no Ambulatório (http://www.casasandreluiz.org.br/). Parte da renda do filme será revertida para a ampliação das obras das Casas André Luiz. 
        Infelizmente, a bilheteria não animou os distribuidores e o filme está ameaçado de sair de cartaz prematuramente, e por isso precisamos fazer a nossa parte. Não vamos deixar para depois, o que podemos fazer agora! Se você for depois, pode ser que o filme não esteja mais em cartaz. A grande preocupação é que as bilheterias dos filmes com temática espírita tem diminuído consideravelmente, e isso pode prejudicar as próximas produções.     
    
Façamos a nossa parte nesta Corrente de E-mails. Se você já assistiu ao filme, convide um amigo. Se não foi ainda, corra! Se a sua cidade ainda não recebeu o filme, envie um e-mail para: caravanaespirita2011@gmail.com e caravanaespirita@yahoo.com.br. Vamos criar esta corrente de amor, de solidariedade, e de amor ao próximo. O filme é lindo, e você vai se emocionar! Att. Lucas de PáduaNúcleo de Audiovisual Espíritahttp://www.audiovisualespirita.org/ __._,_.___| através de email | Responder através da web | Adicionar um novo tópico Mensagens neste tópico (1) Atividade nos últimos dias: Visite seu Grupo REDE BRASIL ESPÍRITA, o ambiente virtual de integração do Espírita Brasileiro! Acesse www.brasilespirita.net.br e venha PARTICIPAR!   
(Informação repassada em email por Orson Peter Carrara e Enviadas por Ismael Gobbo)                              

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

* FILME "ALLAN KARDEC - O Educador"

via Muitas Vidas de Rose Moliterno em 03/10/11

HIPPOLYTE LÉON-DENIZARD RIVAIL



 
 
HIPPOLYTE LÉON-DENIZARD RIVAIL (ALLAN KARDEC) - Allan Kardec nasceu Hippolyte Léon-Denizard Rivail, em 03 de Outubro de 1804 em Lyon, França, no seio de uma antiga família de magistrados e advogados. Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum, Suíça, tornou-se um de seus discípulos mais eminentes.
Foi membro de várias sociedades sábias, entre as quais a Academie Royale d'Arras. De 1835 à 1840, fundou em seu domicílio cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.
Dentre suas inúmeras obras de educação, podemos citar: "Plano proposto para a melhoria da instrução pública" (1828); "Curso prático e teórico de aritmética (Segundo o método de Pestalozzi)", para uso dos professores primários e mães de família (1829); "Gramática Francesa Clássica" (1831); "Programa de cursos usuais de química, física, astronomia, fisiologia"(LYCÉE POLYMATIQUE); "Ditado normal dos exames da Prefeitura e da Sorbonne", acompanhado de "Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).
Por volta de 1855, desde que duvidou das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, e, se empenhou principalmente em deduzir-lhe as conseqüências filosóficas.
Nele entreviu, desde o início, o princípio de novas leis naturais; as que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível; reconheceu na ação deste último uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de vista religioso.
As suas principais obras espíritas são: "O Livro dos Espíritos", para a parte filosófica, e cuja primeira edição surgiu em 18 de Abril de 1857; "O Livro dos Médiuns", para a parte experimental e científica (Janeiro de 1861); "O Evangelho Segundo o Espiritismo", para a parte moral (Abril de 1864); "O Céu e o Inferno", ou "A Justiça de Deus segundo o Espiritismo" (Agosto de 1865); "A Gênese, os Milagres e as Predições (Janeiro de 1868); "A Revista Espírita", jornal de estudos psicológicos.
Allan Kardec fundou em Paris, a 1º de Abril de 1858, a primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob o nome de "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".
Casado com Amélie Gabrielle Boudet, não teve filhos.
Trabalhador infatigável, desencarnou no dia 31 de março de 1869, em Paris, da maneira como sempre viveu: trabalhando. ("Obras Póstumas", Biografia de Allan Kardec, edição IDE)

PERÍODOS ESPÍRITAS - Na Revue Spirite de 1863, pp. 377/379, Allan Kardec tece considerações a respeito dos períodos vividos ou a serem vividos pelo Espiritismo, e os nomeia nessa ordem: o da curiosidade, o filosófico, o da luta, o religioso, o intermediário (que na época própria ganharia nome) e, finalmente, o da renovação social.
Eis o que ele escreveu quanto à passagem do 3o. até o 6o. período:
"A luta determinará uma nova fase do Espiritismo e conduzirá ao quarto período, que será o período religioso; depois virá o quinto, período intermediário, conseqüência natural do precedente, e que receberá mais tarde a sua denominação característica.. O sexto e último período será o de renovação social, que abrirá a era do século vinte."
Na colocação dessas fases do movimento Espírita, não deixa dúvida de que o missionário foi altamente inspirado pelo Espírito da Verdade, mas cremos que ele, Kardec, apressou-se por conta própria, em fixar o tempo para cada um dos períodos. Aliás, quando Jesus anunciou a vinda do Consolador, também julgaram que tal acontecimento se daria num tempo bem próximo àquela época, achando alguns que a promessa se cumprira no dia de Pentecostes. No entanto, só no século XIX, ele, o Consolador prometido, desceria até nós, para restabelecer e explicar-nos todas as coisas.
Na verdade, estamos agora vivendo o período religioso do Espiritismo, máxime do Brasil, onde, faz mais de cem anos, "os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos", o tem apresentado qual ele é, na sua mensagem cristã e renovadora do espírito humano.
Talvez já se avizinhe o período intermediário, que será, como esclarece o Codificador "conseqüência natural do precedente" e, a nosso ver, deverá levar o homem a um novo passo no conhecimento de si mesmo e do chamado mundo invisível, a evidenciar para materialistas e negativistas empedernidos o princípio fundamental em torno do qual gira o nosso destino: Deus e a imortalidade da alma.
Em "Ligeira resposta aos detratores do Espiritismo", inserto em Obras Póstumas, o Codificador houve por bem deixar para a nossa meditação esse trecho bastante significativo:
"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou, nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote."
Na Revue Spirite, 1864, p. 199, escreveu Allan Kardec:"Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero? Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado."
(Allan Kardec - Pesquisa Bibliográfica e Ensaios de Interpretação - Zêus Vantuil e Francisco Thiesen - FEB)

ALLAN KARDEC E O BRASIL - Cremos que 1864 é o ano que pela primeira vez aparece citado na Revue Spirite o nome da então capital brasileira : Rio de Janeiro. Trata-se de um artigo publicado na seção "Crônicas de Paris", no "Jornal do Commercio", do Rio, de 23 de setembro de 1863. Seu autor começa falando dos espetáculos fantasmagóricos que se tornaram populares nos teatros de Paris e, em seguida, passa a tecer comentários em torno do Espiritismo.
Allan Kardec limita-se a mostrar que o autor do artigo não se aprofundou no estudo do Espiritismo, de cuja parte teórica ignora os processos. Elogia-lhe, porém, o comportamento sensato diante dos fatos, para a explicação dos quais não levantara teorias temerárias. "Pelo menos" - escreve Kardec - "ele não julga pelo que não sabe."
Ao final do seu breve comentário, assim se expressava o mestre (Revue Spirite, julho de 1864, p. 213):
"Verificamos, com satisfação que a idéia espírita faz progressos sensíveis no Rio de Janeiro, onde ela conta com numerosos representantes, fervorosos e devotados. A pequena brochura "Le Spiritisme à sa plus simple expression", publicada em língua portuguesa, contribuiu, não pouco, para ali espalhar os verdadeiros princípios da Doutrina."
Sob o título - "O Espiritismo no Brasil", o Codificador dá a saber a seus leitores da Revue que o "Diário da Bahia" de 26 e 27 de setembro de 1865 contém dois artigos, que são a tradução, em português dos que foram publicados, havia seis anos, pelo Dr. Amédée Déchambre (1812 - 1885), autor do importante "Dictionnaire des sciences médicales", artigos em que o autor fizera uma exposição semiburlesca. Entre outras coisas, dizia o ilustre médico que o fenômeno das mesas girantes e falantes é falado por Teócrito (poeta grego, 300 -250 a.C), daí concuindo que não sendo novo esse fenômeno não tinha ele nenhum fundo de realidade. "Lamentamos que a erudição do Sr. Déchambre" - comentou Kardec -, "não lhe tenha permitido ir mais longe, porque teria encontrado o fenômeno no antigo Egito e nas Índias." (Pp. 334/335)
Os espíritas da Bahia refutaram esses artigos no próprio "Diário da Bahia", no número de 28 de setembro. A carta que antecedeu a refutação, dirigida à redação da folha baiana e assinada por Luiz Olímpio Teles de Menezes, José Álvarez do Amaral e Joaquim Carneiro de Campos, parece fazer supor que o referido jornal só publicara o trabalho do Dr. Déchambre por julgar houvesse nele apreciação exata da Doutrina Espírita.
A refutação consistiu num extrato, bastante extenso, da introdução de "O Livro dos Espíritos", o que fez Kardec dizer: "As citações textuais das obras espíritas são, com efeito, a melhor refutação às desfigurações que certos críticos fazem sofrer a Doutrina." (P.336.)
(Allan Kardec - Pesquisa Bibliográfica e Ensaios de Interpretação - Zêus Vantuil e Francisco Thiesen - FEB)

 

* CIRURGIAS ESPIRITUAIS A DISTÂNCIA

sábado, 1 de outubro de 2011

Autoria :  Paty Bolonha
 
Jacó - O Jacaré que não queria ser o que é .
 
Jacó, um jacarezinho de papo amarelo ,
Mora em uma linda lagoa ,
Mas está em depressão porque não se acha belo.
Só põe os olhinhos de fora,
Não quer nem aparecer pois sabe que apavora.
 
Queria ser um bicho colorido, manso e divertido.
Talvez com a pelagem macia e não com aquele casco duro.
De tanta vergonha que sentia, até para se alimentar, Jacó só saia da toca quando já estava escuro.
Ele não gostava de comer carne, preferia fruta
E por isso se achava vítima dos outros jacarés que reprovariam sua conduta.
 
Ouvia sempre gritar o Grande Rei Jacarezão .
- Filho meu tem que ser destruidor, mostrar para a caça o seu furor !
Mas Jacó era o contrário de todos os da sua espécie , pois ele acreditava mesmo era no amor.
Ficava horas enterrado na lama, sob o sol, admirando a natureza ao redor.
Queria ser um pássaro e poder cantar e voar.
Queria ser uma borboleta e poder como elas dançar.
Queria ser perfumado como as flores.
Queria ser um camaleão de mil cores .
Talvez engraçado como o mico.
Ou pular como o Tico-Tico.
 
Deveria gostar de ser um réptil violento, aterrorizante e brigão, mas só consegue rastejar a cinco centimetros do chão,
com uma bocarra de rasgar até pneu de caminhão.
Quem o enxerga não se cansa de falar.
 
- Este bicho não deve ter coração !
 
Pobre Jacó ! Era pura mágoa.
Isolado de tudo, sofrendo e adoecendo sem sair um minuto sequer daquela água.
Não aceitava de jeito nenhum ser o que é.
Mergulhado em profunda tristeza da cabeça até o pé.
Estava lá no seu cantinho de sempre,
 
Um jabuti que passava por alí resolveu expiar o que era aquela criatura que estava alí a chorar.
Aproximou-se com receio para o bicho não atacar.
 
- Bo,bo,boom dia , posso lhe ajudar ?
 
Jacó até levou um susto pois a muito tempo ninguém lhe procurava para conversar.
No ínicio se indipôs pensando que o Jabuti era mais um que só queria saber a sua história para fazer gracejos depois.
Mas o pequeno quelônio, na verdade um bom aconselhador, resolveu não desistir do pequeno sofredor.
 
- Não gosto de ser o que sou, sou horrendo, não posso sequer brincar, e ninguém acredita que sou do bem e a dor não quero causar.
 
- Ora Jacó, você não é o único a não gostar de ser o que é, aliás a maioria pode ter certeza sofre por aquilo que não tem !
 
Há os que desejam possuir dos outros a graça e a beleza e esquecem de cuidar daquilo que Deus lhes deu pela própria natureza.
Aparência meu amigo não significa tendência e tampouco se põe a mesa.
Cada pessoa pode ser aquilo que deseja, se tiver força de vontade e lutar para transformar o que lhe incomoda nas infelizes mazelas da inferioridade.
Entregar-se a própria sorte e como esperar a morte, vamos, vamos companheiro! Mostre ao mundo que você veio a ele para evoluir ! E não para desistir !
- Mas como Sr. Jabuti , se ao olharem para mim as pessoas já se arrepiam e me associam ao terror ?
- Sr. Jacó, tens que se livrar desta culpa e a mania de concluir pelos outros aquilo que você próprio acha...este erro é mesmo a nossa desgraça ! Perceba-se melhor, por acaso já viste o teu reflexo na lagoa ?
- Claro, quero dizer... como não ! Estou sempre a me olhar ...
- Pois então olhe-se agora, mas vá mais a frente um pouquinho.
Então Jacó do seu canto se moveu e como recomendou o amigo tartaruga , olhou para o espelho da água e heis o que aconteceu ...
- Estou vendo um porco-espinho ! Mas onde estou eu ? Cadê o casco duro e os dentes afiadões ?
- Aquilo era apenas um tronco Jacó, o que vias era o reflexo do tronco de uma árvore próxima a margem que estavas. Nasceste próximo a lagoa dos jacarés por isso deduziu que era um deles, apesar de ter se percebido diferente não fez nenhuma força para se transformar, se entregou somente.
Ou será que sabia de tudo e queria mesmo pensar que era um jacaré indecente ?
- Não, não , tenha certeza, eu não sabia de nada, agora é que percebo porque só gostava de frutas e não conseguia respirar dentro da água.
- Calma Jacó , isso acontece sempre, as pessoas ainda que percebam as atitudes imorais de alguns, não se acham forte o bastante para enfrentá-las, e ficam como você quietinhos no seu canto ou juntam-se a eles para não parecerem tolos. Adoecendo e até morrendo de tristeza e desconsolo.
Então meu caro amigo, vá em frente, saia dessa lama e vá conhecer os seus. Vejo que nem se importou de não ser um bicho tão bonito ! Vá , boa sorte , adeus!
- Aprendí a lição meu amigo fraternal, agora vou defender os meus próprios principios, aquilo em que acredito ser do bem e não do mal, independente daquilo que sou, mesmo sem beleza, descobrí que o que interessa mesmo é a moral !
Obrigado por abrir meus olhos e me livrar dos escolhos do egoísmo e do orgulho.
- Ok, meu caro vamos sair daqui por que a jacarezada já ouviu o nosso barulho e não quero virar refeição...
Não fiz nada tenha certeza foi você quem ouviu o seu próprio coração.
 
FIM
 
( Respeite a autoria e o conteúdo - 2008)